Visão Geral
No gerenciamento de acesso a recursos em sistemas de armazenamento de objetos, existem quatro componentes principais:
Buckets Públicos e Privados, ACL (Access Control List), Bucket Policy e CORS (Cross-Origin Resource Sharing).
Cada um desses mecanismos tem suas características e níveis de controle sobre quem pode acessar ou modificar os dados.
A seguir, apresentamos uma visão geral dessas opções e a ordem de prioridade entre elas.
1. Buckets Públicos e Privados
A configuração de buckets como públicos ou privados é a forma mais básica de controle de acesso.
- Buckets Públicos: qualquer pessoa com acesso à URL poderá listar todos os objetos no bucket.
- Buckets Privados: apenas o proprietário do bucket e usuários autorizados terão acesso ao conteúdo.
2. ACL (Access Control List)
As ACLs oferecem um controle mais granular em comparação com a simples configuração de buckets públicos ou privados.
Com as ACLs, é possível definir permissões específicas para diferentes usuários ou grupos em nível de objeto ou bucket.
- Vantagens:
- Permite controlar quem pode ler, escrever ou excluir dados de maneira específica.
- Ideal para cenários em que diferentes usuários precisam de diferentes níveis de acesso.
3. Bucket Policy
As Bucket Policies fornecem um nível ainda mais abrangente de controle de acesso.
Elas permitem definir regras complexas de permissão que se aplicam a um bucket inteiro.
- Vantagens:
- Oferece flexibilidade e controle avançado, permitindo a criação de políticas específicas que atendem a requisitos de segurança complexos.
- Ideal para gerenciamento de acesso em larga escala em ambientes organizacionais.
4. CORS (Cross-Origin Resource Sharing)
O CORS não define permissões de acesso aos dados, mas atua como um mecanismo complementar que controla como os navegadores tratam requisições entre domínios (cross-origin) em aplicações web.
-
Função:
- Permitir ou restringir requisições feitas por navegadores de outros domínios (ex:
app.exemplo.com
acessando o seu bucket).
- Permitir ou restringir requisições feitas por navegadores de outros domínios (ex:
-
Vantagens:
- Necessário para aplicações frontend que interagem com o bucket via navegador.
- Permite configurar quais métodos HTTP e cabeçalhos podem ser utilizados nessas requisições.
-
Importante:
- O CORS não concede acesso.
- Mesmo com uma configuração válida de CORS, o acesso será negado caso não exista permissão via Bucket Policy ou ACL.
- Deve ser usado em conjunto com os demais mecanismos de controle para funcionar corretamente em ambientes web.
Ordem de Grandeza
A eficácia e a complexidade dos mecanismos de controle de acesso podem ser entendidas pela seguinte ordem de grandeza:
- Bucket Policy: fornece o maior nível de controle e flexibilidade.
- ACL: oferece controle granular, mas com limitações em comparação com as políticas de bucket.
- Buckets Públicos e Privados: abordagem mais simples, adequada para cenários menos complexos.
E o CORS?
O CORS (Cross-Origin Resource Sharing) não controla permissões, por isso não entra na hierarquia acima.
Ele atua como um mecanismo complementar, informando ao navegador quais origens externas podem realizar requisições ao bucket.
Mesmo com CORS permitido, o acesso será negado caso as permissões (via Policy ou ACL) não estejam corretamente configuradas.
Considerações
Ao gerenciar o acesso a dados em sistemas de armazenamento, é crucial entender as diferentes opções disponíveis e suas implicações.
A escolha entre usar buckets públicos/privados, ACLs ou Bucket Policies deve ser baseada nas necessidades específicas de segurança e acesso da sua organização.
A implementação correta desses mecanismos garantirá:
- A proteção e a integridade dos dados.
- A compatibilidade com aplicações web modernas (via CORS).
- A conformidade com regulamentações e políticas internas de segurança.